• Perfil
  • Política de Privacidade
  • Contato
domingo, 15 de junho de 2025
Professor Lages
  • Home
  • Perfil
  • No Legislativo
  • Conexões
  • Imprensa
    • Artigos
    • Especiais
    • Releases
  • Downloads
    • História de Ribeirão Preto
    • Textos acadêmicos
  • Contato
Sem Resultados
Ver todos os Resultados
  • Home
  • Perfil
  • No Legislativo
  • Conexões
  • Imprensa
    • Artigos
    • Especiais
    • Releases
  • Downloads
    • História de Ribeirão Preto
    • Textos acadêmicos
  • Contato
Sem Resultados
Ver todos os Resultados
Professor Lages
Sem Resultados
Ver todos os Resultados

19 de junho? Mas há controvérsias!

24 de junho de 2024
em Artigos, Em Destaque
149
19 de junho? Mas há controvérsias!
317
VIEWS
Compartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

Comemora-se o aniversário de Ribeirão Preto em 19 de junho, porque nesse dia, no ano de 1856, o juiz José Rodrigues Mendes, da Comarca de Casa Branca, despachou favoravelmente ao pedido de demarcação de um patrimônio de terras doadas à Igreja por seis fazendeiros para a construção de uma capela dedicada a São Sebastião. O fabriqueiro da época, Manoel de Nazareth Azevedo, foi quem fez o pedido. “Fabriqueiro” era uma espécie de zelador ou responsável pelos bens da Igreja. 19 de junho? Mas há controvérsias!

Uma Lei Municipal, de nº 386 de 24 de dezembro de 1954, oficializou aquela data, 19 de junho, como a data da fundação, portanto, dois anos antes da comemoração oficial do 1º Centenário da cidade. A Câmara tomou essa decisão com base em um trabalho de pesquisa de Osmani Emboaba da Costa. Depois, ele publicou essa pesquisa, aprovada por uma banca de professores da USP, no livro “História da Fundação de Ribeirão Preto”. 19 de junho? mas há controvérsias!

LeiaTambém

A recuperação da Avenida 9 de julho

Cordeiro de Sá no Conexões Ribeirão | ANO8 EP13

Crescente número de abstenções, votos brancos e nulos e a quase vitória do Partido Novo em Ribeirão Preto

O conceito de “fundação” sempre foi um problema

Havia outra proposta para a data de fundação e que acabou sendo rejeitada pela banca da USP. Era a do pesquisador Plínio Travassos dos Santos, que defendia o seguinte: “A rigor, pode-se considerar a fundação de Ribeirão Preto como tendo sido feita em 1863, data da escolha definitiva do local, feita pelo Pe. Manoel Eusébio de Azevedo para a edificação da capela que serviu posteriormente de primeira matriz, parecendo ser mero engano o “assentamento” do livro do Tombo da antiga matriz (conservado até hoje na catedral) quando diz que a ‘actual povoação teve início em 1853″.

O grande problema que envolvia essas prováveis datas de fundação era justamente o significado da palavra “fundação”. Muitas comunidades urbanas do Brasil marcam sua origem a partir de um ato administrativo ou jurídico que deu forma institucional à mesma comunidade. Pode ser a instituição da freguesia (que podemos entender a “paróquia” de hoje), da vila, da cidade, etc. Outras marcam a fundação com base no ato voluntário de alguns que doaram parte de suas propriedades para a formação de um patrimônio eclesiástico, onde construíram uma capela. Esta, sim, foi origem de muitas cidades brasileiras. Este foi o caso de Ribeirão Preto, pelo menos como entendeu Emboaba da Costa, chancelado pela Câmara Municipal. 19 de junho? Mas há controvérsias!

Ribeirão começou antes do se pensava

Depois de setenta anos, com a descoberta de novos documentos, podemos concluir que nem Osmani Emboaba da Costa nem Plínio Travassos dos Santos tinham razão. Acreditamos que, como a grande maioria das cidades brasileiras, Ribeirão Preto teve “formação espontânea”. Ao arrepio de atos administrativos e jurídicos, ela se fez espontaneamente, antes da construção da antiga capela da Praça XV. Do nosso ponto de vista, não cabe falar em uma “fundação”.

A documentação histórica pode muito bem refletir aquela formação espontânea. Na lista de qualificação eleitoral de São Simão de 1857, encontrada no Arquivo Público do Estado de São Paulo, exatamente o seu 22º quarteirão se chama “Arraial de São Sebastião”.  É isso mesmo: em 1857, já existia o arraial. Portanto, se quisermos entender por “fundação” o momento e o lugar de origem de um aglomerado humano, que as autoridades viriam mais tarde a reconhecer como uma comunidade política, devemos recuá-la no tempo.

Precisavam de uma festa: o primeiro centenário seria uma boa pedida

O livro “História da História da Fundação de Ribeirão Preto” do arquiteto Ricardo Barros, lançado em 2006, esclarece bem essa questão. Nessa obra, ele interpreta corretamente um documento judicial que descobri no Fórum de Casa Branca, denominado “Ação de Desforço” de 1853. Neste documento se diz textualmente “construíram algumas pessoas do povo, não embargadas, uma capelinha e algumas casas no mesmíssimo lugar beneficiado e destinado para a povoação na Barra do Retiro”. Arraial de São Sebastião e Arraial da Barra do Retiro foi, sem dúvida alguma, os primeiros nomes de Ribeirão Preto. Assim, já existia por aqui uma povoação desde, pelo menos, 1853. E tinha razão a notícia do Livro do Tombo da antiga matriz, desconsiderada por Plínio Travassos dos Santos.

Outro grande mérito de Ricardo Barros é o formidável resgate que faz da “construção ideológica”, de quase setenta anos atrás, deste tema de fundação da cidade. Talvez esse não fosse o objetivo principal do autor, mas tenho certeza que foi assim também que a boa crítica recepcionou a sua obra. Barros organiza um levantamento minucioso de documentos particulares e oficiais da década de 1950, em torno da polêmica data de fundação da cidade. Esmiúça os argumentos contrários de Emboaba da Costa e Travassos dos Santos. Faz uma análise profunda mostrando limitações, insuficiências e sutilezas desses historiadores do passado.

Além disso, Barros não desconsidera os interesses do poder estabelecido cortejando a ciência (no caso, a História) na edificação da nossa cidadania. Depois da comemoração dos 400 anos da capital, afinal, a entourage política da época precisava de um fato marcante para demonstrar e confirmar a sua liderança em Ribeirão Preto. Não haveria outro melhor que o 1º Centenário. Assim foi feito!

Se você quiser me conhecer melhor, acesse: http://www.professorlages.com.br/perfil

Comentários

comentários

Tags: 19 de junhoaniversário de Ribeirão Pretohistória de ribeirão pretoribeirão preto
Compartilhar31Tweet8Enviar
Post Anterior

Corte do Empreender Agora: Muita História pra contar

Próximo Post

Imigrantes em Ribeirão Preto: corte do SP Record

Você também pode gostar de ler estes Artigos

Em Destaque

A recuperação da Avenida 9 de julho

24 de abril de 2025
Cordeiro de Sá no Conexões Ribeirão | ANO8 EP13
Em Destaque

Cordeiro de Sá no Conexões Ribeirão | ANO8 EP13

24 de abril de 2025
Crescente número de abstenções, votos brancos e nulos e a quase vitória do Partido Novo em Ribeirão Preto
Artigos

Crescente número de abstenções, votos brancos e nulos e a quase vitória do Partido Novo em Ribeirão Preto

24 de abril de 2025
Crescente número de abstenções, votos brancos e nulos e a quase vitória do Partido Novo em Ribeirão Preto
Artigos

Meio Ambiente nosso de cada dia!

24 de abril de 2025
Leandro Gabarra no Conexões Ribeirão | ANO8 EP9
Em Destaque

Leandro Gabarra no Conexões Ribeirão | ANO8 EP9

20 de agosto de 2024
Crescente número de abstenções, votos brancos e nulos e a quase vitória do Partido Novo em Ribeirão Preto
Artigos

Nossas escolas pedem socorro!

24 de abril de 2025

Siga o Professor Lages

É época de Festança Junina – corte
Tá no ar!

É época de Festança Junina – corte

8 de junho de 2025

https://youtu.be/llG0zb9KxHE Saiba mais sobre as Festas Juninas com o Professor Lages, neste corte do programa Hora da Verdade (TH+ Ribeirão,...

Leia maisDetails
Filhos do Café – o documentário
Tá no ar!

Filhos do Café – o documentário

27 de maio de 2025

https://www.youtube.com/watch?v=9XdJXWcCbjs O MIS Museu da Imagem e do Som de Ribeirão Preto, produziu em 2010 o documentário "Filhos do Café"...

Leia maisDetails
Baixe aqui: Profetismo & Apocalíptica (textos)

Baixe aqui: Profetismo & Apocalíptica (textos)

9 de julho de 2022
O ódio é produzido pela revolta

O ódio é produzido pela revolta

18 de julho de 2019
O ódio é produzido pela revolta

A articulação internacional da extrema direita

18 de julho de 2019
O ódio é produzido pela revolta

A BNCC indecente de um governo ilegítimo

18 de julho de 2019
Facebook Instagram Youtube

Apresentador do programa “Conexões Ribeirão”, o professor é autor de vários textos e trabalhos sobre a história de Ribeirão Preto, Educação e Cultura, Teologia, Ciência Política e Gestão Municipal - grande parte do material está disponível para download gratuito. Já foi vereador e presidiu a Associação amigos do Memorial da classe operária – UGT, na época em abrigou o Pontão de Cultura Sibipiruna. Foi membro dos conselhos municipais de Cultura e de Preservação do Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto.

Navegue por Categoria

  • Artigos
  • Conexões
  • Contato direto
  • Downloads
  • Eleições 2020
  • Em Destaque
  • Especiais
  • Gerais
  • História de Ribeirão Preto
  • Imprensa
  • Memórias
  • No Legislativo
  • Releases
  • Sem categoria
  • Tá no ar!
  • Textos Acadêmicos
  • Vídeos

© 2025 Professor Lages - Desenvolvido e Hospedado por RAO.

É bom ter você por aqui!

Faça login abaixo

Esqueceu sua Senha?

Recuperar senha

Por favor, digite seu nome de usuário ou endereço de e-mail para redefinir sua senha.

Entrar
Professor Lages
Sem Resultados
Ver todos os Resultados
  • Home
  • Conexões
  • Fotos
  • Imprensa
    • Artigos
    • Especiais
    • Releases
  • Perfil
  • Contato
  • Downloads
    • História de Ribeirão Preto
    • Textos Acadêmicos

© 2025 Professor Lages - Desenvolvido e Hospedado por RAO.