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Ah, Manoel… quanto valia uma vida na Ribeirão de 1866?

5 de fevereiro de 2020
em Artigos, Em Destaque, Imprensa
43
Ah, Manoel… quanto valia uma vida na Ribeirão de 1866?
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No post anterior, falamos de nosso “ilustre desconhecido” Manoel Fernandes do Nascimento, o fabriqueiro da Igreja, um personagem importantíssimo para a edificação de Ribeirão Preto. Agora, vamos nos aprofundar em nossos começos, conhecendo mais a vida deste homem e entendendo o seu triste final.

Manoel, ainda jovem, assistira ao nascimento da cidade de Itajubá, fundada de uma forma incomum pelo vigário Lourenço da Costa Moreira. Em 1818, Pe. Lourenço recebeu provisão para ser o vigário da freguesia de Nossa Senhora da Soledade de Itajubá (hoje Delfim Moreira). Era um lugar decadente da época da mineração. O novo vigário não teve dúvida: convenceu grande parte dos seus paroquianos de descer a serra em procissão e no vale do Rio Sapucaí, fundar um novo arraial. A família de Manoel acompanhou o vigário nesta empreitada.

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Em 1831, o Pe. Lourenço, incompatibilizado com os antigos habitantes do Itajubá Velho, tentou transferir de lá documentos e alfaias. O conflito se generalizou e chegou a ocorrer um enfrentamento armado entre os dois grupos no lugar que ainda hoje conserva o nome de Encontro. A tudo isso pôde assistir muito de perto o jovem Manoel, pois sua família, além de muito religiosa, era muito ligada ao vigário, inclusive por relações de parentesco e compadrio. Ele pôde aprender ainda muito cedo como se funda uma cidade e mais tarde quis aplicar a lição no lugar para onde mudou com sua família no interior paulista.

Ainda há divergências sobre quando Manoel Fernandes chegou por aqui. Pelo testamento de sua primeira esposa, houve uma remoção de terras de Itajubá em nome dos seus quatro filhos mais velhos com terras na fazenda do Retiro, em Ribeirão Preto. (É de 26/10/1844 o título de propriedade de Manoel Fernandes em terras na fazenda). Assim, podemos concluir que desde 1844, ele planejava a sua vinda para cá.

Mas tudo indica que ele chegou mesmo a Ribeirão Preto entre 1846 e 1848, já que seu segundo filho do
segundo casamento, Moisés, ainda nasceu em Itajubá, em 1846. Mas sua presença já pode ser comprovada em Ribeirão Preto em 1848, quando aparece batizando sua filha Francisca na matriz de São Simão no dia de Natal daquele ano. Francisca havia nascido em 09/07/1848, mas o documento de batismo não fala em que lugar.

O nosso Manoel ficou mais conhecido pela tragédia que lhe ceifou a vida. Em 1866, ele foi gravemente ferido por Manoel Félix de Campos. Acabou morrendo meses depois. A polícia de Casa Branca tomou depoimentos e, perante o júri popular, o réu confessou que praticara o crime a mando da mulher do rico comerciante Manoel Soares de Castilho, em troca de 10$000 e uma garrafa cheia de cachaça! O motivo alegado para o crime foi o fato de Fernandes, como fabriqueiro da Igreja, pretender abrir uma rua bem na propriedade de Castilho.

Este não foi o primeiro crime que aconteceu em Ribeirão Preto, mas foi o de maior repercussão naqueles
tempos. Afinal, o fabriqueiro era, de certa forma, uma autoridade no lugar, representava a Igreja e o Estado na comunidade nascente. O réu foi condenado à prisão perpétua e os mandantes chegaram a ser presos, mas nem sequer foram a julgamento, sendo logo libertados, apesar das acusações irrefutáveis contra eles.

Capela erigida no local em que Manoel foi ferido de morte que, hoje, dá lugar à pracinha com seu nome no início da Av. Portugal.

Castilho era um homem violento e vingativo. É o que se pode perceber por outros crimes em que ele se envolveu. As desavenças que explicam o assassinato de Fernandes continuaram mesmo após a sua morte. Em 1870, Castilho entrou em juízo contra Moisés, filho de Manoel Fernandes, por se sentir ameaçado de morte. Como prova da acusação apresentava um bilhete ameaçador de um ano antes. Exigia na Justiça que Moisés assinasse um “termo de segurança de vida”, conforme previsto na lei.

Mas o motivo real das discussões parecia ser a frequente invasão das plantações de Moisés pelo gado de
Castilho. Em um dos seus depoimentos, Moisés afirma que “uma cruz daria lembrança nesse lugar que ali (seu pai) tinha caído vítima das iniquidades de Manoel de Castilho”. O juiz mandou arquivar o processo, desqualificando a denúncia do autor. Mas o lugar da cruz continua marcado por um pequeno monumento na Praça Manoel Fernandes do Nascimento, no início da avenida Portugal, na Vila Seixas.

(Texto originalmente publicado em 01/02/2020 no jornal Tribuna de Ribeirão Preto, SP)

Leia a primeira parte deste artigo: https://www.professorlages.com.br/manoel-fernandes-do-nascimento-nosso-ilustre-desconhecido/

Acesse gratuitamente mais textos sobre a história de Ribeirão Preto: https://www.professorlages.com.br/historia-de-ribeirao-livros/

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Tags: castilhocidadefabriqueirofundaçãohistóriaitajubájustiçamanoelmanoelfernandesmorteribeirãopreto
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Apresentador do programa “Conexões Ribeirão”, o professor é autor de vários textos e trabalhos sobre a história de Ribeirão Preto, Educação e Cultura, Teologia, Ciência Política e Gestão Municipal - grande parte do material está disponível para download gratuito. Já foi vereador e presidiu a Associação amigos do Memorial da classe operária – UGT, na época em abrigou o Pontão de Cultura Sibipiruna. Foi membro dos conselhos municipais de Cultura e de Preservação do Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto.

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