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Meu Reino é deste mundo (parte II)

A opção política dos evangélicos

15 de junho de 2022
em Artigos, Imprensa
8
O ódio é produzido pela revolta
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 A vitória de Bolsonaro sobre Fernando Hadad foi em torno de 10% e, como disse Jaques Wagner na época, Ciro Gomes poderia ter ganhado se fosse candidato único do campo progressista. É uma hipótese. Um fator ainda pouco explorado pelos analistas que explica aqueles 10% é o fator evangélico. Falamos aqui dos evangélicos pentecostais e neopentecostais, que se diferenciam em muito dos protestantes tradicionais por adotarem, dentre outras coisas, uma livre interpretação da Bíblia, advindo daí a sua enorme pulverização. Seus pregadores também não têm a formação teológica dos pastores ou reverendos protestantes luteranos, presbiterianos, anglicanos, metodistas ou batistas, como afirmamos no sábado passado.

O Pentecostalismo teve sua origem nos Estados Unidos, mas alcançou grande penetração no Sul, como Boaventura de Souza Santos gosta de chamar as áreas dominadas pelo colonialismo. Ao contrário dos movimentos sociais que mobilizam o povo em busca de justiça social, os pastores evangélicos enfatizam o reino dos céus que, garantem estar destinado somente aos “crentes”. Cansados da luta terrena da vida, sem grandes chances de ascensão social e um tanto ingênuos, os fiéis creem nas promessas de uma vida melhor post-mortem. Estamos falando de uma prática conformista do cristianismo que é observada na história ao lado de outras práticas até revolucionárias, como foi o caso dos movimentos heréticos da Baixa Idade Média europeia.

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Os primeiros programas de rádio com pregação evangélica já surgiram nos anos 50. Seu sucesso levou mais tarde à compra de emissoras de rádio e televisão pelos pastores com visão estratégica. Estão aí os programas de grande audiência como o de JR Soares, o verdadeiro conglomerado midiático da Igreja Universal do Reino de Deus e vários outros. A entrada firme dessas igrejas e seus pastores no mundo da comunicação explica, em grande parte o sucesso evangélico e a origem de sua perspectiva de conquistar a nação para os seus propósitos, seguindo uma orientação milenarista (textos apocalípticos). Não é à toa que uma das suas denominações mais tradicionais se chama “O Brasil para Cristo”.

O dinamismo dos evangélicos surpreendeu a Igreja Católica e se alastrou entre as camadas populares (terreno fértil) com maior aceitação que as mensagens sociais e políticas das lideranças católicas da Ação Popular (AP). O Golpe de 64 extirpou da Igreja Católica o espírito renovador iniciado pelo Papa João XXIII (Helder Câmara) e criou o clima para a propagação das mensagens conformistas de um outro Evangelho, o da humildade e da sujeição ao poder estabelecido (TFP, Geraldo Sigaud, Castro Mayer). Nas igrejas protestantes tradicionais, a repressão teve o apoio de várias das suas lideranças para afastar dos púlpitos qualquer mensagem de “Evangelho social”. Pastores foram afastados, seminaristas expulsos, seminários fechados, jornais fechados.

A Teologia da Libertação, que se originou entre os protestantes (Rubem Alves), mas que se alastrou naquele segmento da Igreja Católica mais fiel às orientações do Concílio Vaticano II e da Conferência de Medellin (Gustavo Gutierrez, Leonardo Boff), foi importante para a formação de muitos cristãos que optaram por uma visão mais social do evangelho de Jesus Cristo. Sua premissa exige a opção preferencial pelos pobres e defende que, para concretizar essa opção, é preciso usar também as contribuições das ciências humanas e sociais. Ela engloba várias correntes que interpretam os ensinamentos do Evangelho em termos de uma libertação de injustas condições econômicas, sociais e políticas.

Mas o pecado da Teologia da Libertação foi a sua pequena inserção nas camadas populares, não lhes apontando respostas mais imediatas às dificuldades da vida real. Aí entraram os evangélicos, canalizando as promessas de uma vida melhor para o caminho da conversão, da fé e da expectativa de ganhar o céu. Não é preciso muito esforço para ligar tudo o que falamos até aqui com o apoio evangélico a Jair Bolsonaro. Na contracorrente do Evangelho social, os evangélicos se tornaram uma força religiosa, logo depois transformada em força política, conservadora e reacionária, identificando em algumas das declarações do deputado capitão os temas de suas próprias pregações.

O crescimento dos evangélicos é um fato político incontestável nas últimas décadas da nossa história. Um fato político mais do que um fato propriamente religioso, tal o seu impacto e repercussão em várias esferas do espaço público e do Estado. Impulsionados por uma forte presença midiática e por uma performance agressiva e estratégica de seus líderes e pastores, eles foram ocupando espaços cada vez mais visíveis na esfera pública. Sua expressão mais evidente é a formação das denominadas “bancadas evangélicas” nas casas legislativas, orientadas para proposições de nítido caráter conservador ou para a obstrução de pautas consideradas progressistas por vários segmentos da sociedade.

Leia o início desse texto em https://www.professorlages.com.br/meu-reino-e-deste-mundo-parte-1/

Conclui em https://www.professorlages.com.br/meu-reino-e-deste-mundo-parte-3/

(Texto originalmente publicado em 06/07/2019 no jornal Tribuna de Ribeirão Preto, SP)

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Tags: bancada evangélicaestado laicoliberdadepolíticareligião
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Apresentador do programa “Conexões Ribeirão”, o professor é autor de vários textos e trabalhos sobre a história de Ribeirão Preto, Educação e Cultura, Teologia, Ciência Política e Gestão Municipal - grande parte do material está disponível para download gratuito. Já foi vereador e presidiu a Associação amigos do Memorial da classe operária – UGT, na época em abrigou o Pontão de Cultura Sibipiruna. Foi membro dos conselhos municipais de Cultura e de Preservação do Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto.

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