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Cultura e arte na resistência

Entrevista com Flávio Racy, da Casa das Artes

12 de novembro de 2019
em Especiais, Imprensa
14
Cultura e arte na resistência
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A Casa das Artes nasceu em 2010 e rapidamente tor­nou-se um ponto de encontro de artistas e interessados em cultura. Hoje também é a sede coletiva de vários grupos de teatro e de outras artes. É um espaço para estudo, pesquisa e integração das artes em geral, levando a oportunidade do convívio artístico para a comu­nidade através de cursos, ofi­cinas, espaço de criação para grupos e programação cultural diversificada. O professor José Antônio Lages foi até lá e en­trevistou Flávio Racy, funda­dor e coordenador da Casa das Artes.

(Entrevista publicada em 19/07/2019, no jornal Tribuna, de Ribeirão Preto)

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Professor Lages – A Casa das Artes teve uma grande atuação como ponto de cultura. Como você analisa a trajetória da Casa das Artes depois de terminado o convênio entre a Prefeitura e o Ministério da Cultura?

Flávio Racy – Foram três anos de diferentes atividades e fomos consolidando a nossa cara como espaço de cultura independente aqui em Ribei­rão. Quando o convênio ter­minou, a Casa já era um coleti­vo de artistas e de grupos com um belo histórico de ativida­des relacionadas ao espaço, alcançando um grande reco­nhecimento. Isso foi se trans­formando ao logo do tempo. A história da Casa acompanhou um pouco o que foram as po­líticas públicas relacionadas ao poder público nas suas três es­feras. Isso nos impactou forte­mente em um período recente em que se observou o rebaixa­mento da cultura e, mais re­centemente, com uma política clara de perseguição aos movi­mentos culturais. São dificul­dades que vão desde suporte às atividades culturais com a ausência de políticas públicas de cultura até dificuldades de formação de público. A Casa das Artes está em seu terceiro endereço. Começou na Aveni­da Caramuru, depois foi para o Sumarezinho onde ficou dois anos e meio. Lá tentamos tra­zer os moradores para dentro do espaço. Tivemos nisso um sucesso parcial. Como a Casa nunca teve um foco comercial, mas sim de fomento da cultura e da arte, acabou ficando mui­to pesado para nós. Então, vie­mos parar aqui, na Duque de Caxias, 141, pela necessidade de reduzir custos.

Flávio, e os gru­pos que, à época, estavam se­diados na Casa das Artes? Eles continuam aqui neste espaço? Como está esta articulação dos grupos das mais diversas modalidades artísticas?

Alguns conti­nuam. Outros não. Houve um momento de dispersão, com cada um seguindo seu cami­nho. A necessidade de se readaptar para con­seguir se manter fazen­do o mesmo trabalho de antes exigiu muitos ajustes. Alguns rema­nescentes do Suma­rezinho se encontram aqui, mas chegaram também pessoas no­vas. O espaço aqui é menor, estamos com menos gente, menos grupos, alguns anti­gos e outros novos.

Sobre as polí­ticas públicas de cul­tura na atual gestão municipal, existe al­guma luz? Como está a relação dos grupos com a Secre­taria da Cultura?

Na minha visão, a gestão de cultura no município não é algo de interesse do poder público. Na atual gestão, não existe o inte­resse de incentivar a cultura, princi­palmente aquela cultura feita nas ruas, feita nos bairros, pelos grupos e artistas independentes. A cultura que eu defendo foge de uma visão mais elitizada e mesmo essa cultura de elite, que se relacio­na com qualquer gestão, com esta agora parece estar tendo dificuldade. A Secretaria da Cultura me parece bem aban­donada, quase querendo que se fechem as portas. Tivemos no ano passado seleção de projetos para o aniversário da cidade, oficinas para o Centro Cultural Palace, mas no mode­lo de contratação por pregão que não tem nada a ver com ambiente e o fazer da cultura. Eu não reconheço a existência de um diálogo entre a prefeitu­ra e quem produz cultura em Ribeirão. O momento hoje é de resistência. Com a Casa das Artes é a mesma coisa, estamos na resistência.

Como vai esta resistência? Dá, pelo menos, para respirar?

Hoje esta­mos com uma programação na Casa das Artes que inclui apresentações, oficinas, cine-clube, temos parcerias legais como apresentação todo mês de música autoral. Também todo mês, temos bate-papo so­bre temas da atualidade. Já ti­vemos aqui especialistas falan­do sobre Reforma Trabalhista, Reforma da Previdência, Di­tadura e Racismo e encarcera­mento em massa. Enfim, man­temos o espaço aberto como forma de resistência, pois mes­mo vindo para cá como forma de reduzir custos, ainda assim o espaço não se mantém.

Flávio, mas esta resistência tem tam­bém um conteúdo político muito explícito. Os movimen­tos culturais independentes estão vivendo um clima pesa­do com o atual governo Bol­sonaro. Este panorama geral também impacta vocês aqui?

Foi constru­ída uma narrativa contra ar­tistas e agentes de cultura nos últimos três anos. Isso vem não apenas do Governo Federal, mas do estadual também. E no município, desde o final da gestão da prefeita Darcy Vera. No início do governo Darcy, até que se investiu bastante na cultura, mas, já no segundo mandato, foi construída uma política de desmonte da cultu­ra que se concretizou no atual mandato do prefeito Noguei­ra. Não temos uma população que foi educada para buscar cultura, mas que consome apenas a cultura de massa da indústria cultural. Não somos trabalhados para o teatro, a dança, o circo, museus, expo­sições. Agora, com a manipu­lação política explícita e com a criminalização dos artistas e movimentos culturais, a po­pulação vem comprando este discurso. Frequentar espaços de resistência é estimular a cul­tura independente e isso logo é rotulado como pernicioso. Es­tamos na resistência.

E em relação ao último edital dos pontos de cultura do Esta­do? Você esteve no semestre passado atuando pela Secre­taria de Estado da Cultura como agente mobilizador na Região Administrativa de Ri­beirão Preto. Conta para gen­te como foi este processo.

Nossa função era mapear entidades e coleti­vos da região, divulgar o edital e auxiliar na participação. Este trabalho se desenvolveu de agosto a dezembro, período de vigência do edital. O resultado saiu em janeiro deste ano. Mui­tos bons projetos de Ribeirão e região foram selecionados. Mas agora está parado, ainda não saiu o repasse dos recursos para os projetos selecionados. Houve questionamentos do processo de seleção, o que tem entravado o a homologação do resultado.

E o Con­selho Municipal de Cultural? Como anda? Você é membro do Conselho?

Sim, estou no Conselho. A minha sensação é que o Conselho de Cultura também está na resistência. Es­tamos lá para não deixar mor­rer. O Conselho tem o papel de fazer uma ponte entre so­ciedade civil e poder público, propondo e aprovando políti­cas, fiscalizando, orientando os grupos. Mas com uma secreta­ria que não tem recursos para nada, que não tem estrutura, que não tem equipe, que não tem respaldo político dentro do próprio governo municipal, eu pergunto: para que existe um Conselho? Não temos nem o que fazer… Mal existe um di­álogo construtivo com a Secreta­ria da Cultura e com o governo. O Conselho replica um pouco o que parece ser a Secretaria. Deixaram a secretaria em uma situação de que não precisaria existir. Estamos mantendo o Conselho ativo como uma for­ma de resistência.

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Apresentador do programa “Conexões Ribeirão”, o professor é autor de vários textos e trabalhos sobre a história de Ribeirão Preto, Educação e Cultura, Teologia, Ciência Política e Gestão Municipal - grande parte do material está disponível para download gratuito. Já foi vereador e presidiu a Associação amigos do Memorial da classe operária – UGT, na época em abrigou o Pontão de Cultura Sibipiruna. Foi membro dos conselhos municipais de Cultura e de Preservação do Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto.

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